Encontram-se no quarto. Ainda sentem um leve arrepio do frio que se faz sentir, pelo que rapidamente se apressam a unir seus corpos num apertado e caloroso abraço. Os abraços passam a carícias, e as carícias tornam-se deveras excitantes. Assim não conseguem evitar o próximo acto de enorme intimidade.
E nessa friorenta e chuvosa noite acontece. Beijam-se.
O contraste dos gelados lábios com as quentes línguas provoca a inigualável excitação que ambos procuravam nessa friorenta e chuvosa noite. Os beijos tornam-se cada vez mais apaixonados, como se aquele dia passado longe um do outro antes tivessem sido anos.
Por entre beijos apaixonados, carícias ternurentas e uma forte vontade de sentir mais de seus corpos, ambos mantêm o ritmo que os leva a delirar de prazer - um prazer imensurável - um prazer só possível numa friorenta e chuvosa noite de Outono.
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Lareira acesa. O jantar fora comprado minutos antes, uma vez que ainda estava conservado nos respectivos recipientes, para que não arrefecesse. Significava isto que poderia ainda demorar algum tempo até que fossem jantar. A televisão estava ligada, mas pouco se ouvia do que diziam aquelas pessoas que por ali deambulavam em mais uma manifestação «anti-qualquer coisa». A aparelhagem, essa sim, cantava os mais recentes êxitos da música pop, sempre na mesma estação de rádio, a preferida de ambos.A luz do corredor estava acesa e um enorme nevoeiro se escapava pelas reentrâncias da porta entreaberta da casa-de-banho.
A porta do quarto estava aberta, completamente aberta. No chão vislumbravam-se duas toalhas semi-molhadas e roupas por vestir, ainda passadas a ferro. A cama estava viva: saltava! O colchão esticava e encolhia ao mesmo ritmo que as molas guinchavam. Do centro do colchão vinham gemidos. Uns pareciam de dor, outros eram definitivamente de prazer.
Fiquei confusa:
- Mamã? Papá? Tenho xixi!
NOTA: Todo o conteúdo deste blog é da responsabilidade de um conjunto alargado de pessoas e respectivas atitudes, que sem muito esforço, conseguiram enlouquecer por completo o autor, provocando uma série de devaneios sem nexo, sem lógica e, definitivamente sem nenhuma razão de ser.