terça-feira, 23 de junho de 2009

Quanto é que isso vale?


A rescisão de contrato do Cristiano Ronaldo com o Real Madrid ficou afixada em mil milhões de euros. Mil milhões (1.000.000.000,00 €). Eu na escola não aprendi números com tantos zeros! Isso é muito? Ou é pouco? É qualquer coisa de especial, ou nem por isso? É que não sei mesmo. Se já nem sabia quantos são 95 milhões pela compra do jogaodor ao Manchester, quanto mais esta quantidade estapafúrdia de zeros..

Diz por aí que, nos últimos cinco meses, os cofres do estado perderam 3 mil milhões de euros em receitas fiscais. Mais uma vez uma estupidez de zeros. Para quê tanto zero? Mas que números tão absurdos! Ninguém me convence que estas quantidades parvas de dinheiro, não existem! No entanto, o governo afirma que esta perca se deve, não só aos gastos para minimizar os efeitos da crise, como à baixa do consumo. Ora, isto só significa que, se o estado tem menos 3 mil milhões de euros em seu poder, são 3 mil milhões de euros em poder dos portugueses. Fantástico!! Fico feliz.

110 milhões de euros é o valor em dinheiro antigo ainda debaixo dos colchões dos portugueses. Mais uma vez, e estou a ficar cansado disto, uma parvidade de dinheiro. São 22 mil milhões de escudos, para quem ainda não sabe o que é o euro. Vou tentar outra vez: 22.000.000.000$00. Acho que consegui, embora hajam por aí certos professores de matemática a confirmar com suas calculadoras.

Depois de mais um devaneio, chego à conclusão que o português tá milionário! Sem contar com o CR9, que esse é um fenómeno, 10 milhões de portugueses têm, em seu poder, 3 biliões e 110 milhões de euros (mais uns trocados) guardados debaixo da enchada. Como já tou com os olhos trocados de tanto "zero", vou arredondar para 3 biliões de euros, divididos por 10 milhões de habitantes, dá a módica quantia de: 300 € por pessoa. Ora eu não tenho esses 300 €, toda a gente que eu conheço, não tem esses 300 €. Isso significa que anda por aí gatuno com o meu dinheiro. Onde é que ele está???

:P :P :P

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os e-mail que se recebem


Alguns dos e-mail que se recebem são muito engraçados. Gosto particularmente dos que dizem que, se perdemos tempo a ver e-mails com piadas, temos de perder também a ver e-mails de anjinhos, 7 anos de sorte e, paz e amor para todo o mundo, quando não são e-mails com desgraças tipo: pessoas a passar fome, ou animais abandonados, etc.
E então, cada vez que recebo um e-mail desses, parto o côco a rir, se não for pelo facto de simplesmente recebê-los, então é porque os envio logo para o lixo sem sequer abrir. Quando abro uma piada, das duas uma, ou a piada é nova e boa e então, guardo, ou já a conheço ou não presta, e aí, vai para o lixo. Ao receber desgraças ou lamechices, não me estão a ensinar nada. São tudo coisas que já se sabe que existem. E, se as pessoas realmente se preocupassem, não perdiam tempo a enviar esses e-mails, perdiam-no a ajudar quem precisa.
Devo confessar que não envio dinheiro para uma conta off-shore para ajudar as crianças africanas, mas também. Quem manda? E se manda, porquê? Há perto de 4 mil sem abrigo em Portugal. Porque não ajudam esses? Mas porque é que as pessoas que desejam 7 anos de azar aos outros, por e-mail, viram a cara quando passam por um sem-abrigo? Temos, em Portugal, várias associações de ajuda a crianças desprotegidas. Porque não se calam, e ajudam esses. Mas não me precisam dizer que ajudam este ou aquele. eu não preciso saber. Preciso sim, que não me encham a caixa de correio com lamechices e hipocrisias.
Apercebo-me que posso estar a ser injusto para muito boa gente, e que, nalgum desses e-mails, venha um honesto. Mas quem precisa de ajuda arranja maneira de a ter, recorrendo a meios menos desconfiáveis.
Se fosse para ajudar, ajudava aquele africano que já há uns 6 anos que me manda um e-mail a pedir ajuda urgente para uma parceria no meu país e que, coitado, só precisa de poucos milhares de dólares para começarmos a trabalhar a sério e ganhar rios de dinheiro. Coitado!
Se o povo é enganado em conversações e vendas cara a cara, frente a frente, "mano a mano", mais enganado é por correio ou e-mail, ou mesmo pela televisão.