sexta-feira, 17 de julho de 2009

Coisas de homem!

Se existem conversas de um muito relevante carácter educativo, são as de café.
As "Conversas de Café" são as conversas onde um indivíduo aprende mais, mais que numa escola, mais que em casa, mais que no trabalho, mais que com livros, mais que na televisão.

Numa certa "Conversa de Café", - e atenção que isto é uma história verídica, baseada em factos reais, para que não pensem que é inventado (tudo) - Então como ia passar a contar: Fulano arriscou e puxou a sua higiene pessoal à baila. Bem, na realidade, "higiene pessoal" é muito relativo e é uma opinião que vai depender muito do ponto de vista de cada um. É que a depilação masculina tem muito que se lhe diga. Para uns começa a ser normal, para outros é uma completa paneleirisse. O que vai diferenciar os homens das mulheres, no futuro? Mas se um homem se sente "pesado" com pêlos, porque não tirá-los? É dentro desta premissa que vou relatar o sucedido com o Fulano.

O Fulano era um gajo como outro gajo qualquer, cortava o cabelo de mês a mês, fazia a barba de dois em dois dias, colocava o respectivo after-shave, e lá ia ele para o trabalho, contentinho da vida.
A mulher dele, a Fulana, lembrou-se que o Fulano havia de fazer a depilação à sua genitália, ou órgão sexual, ou atafazes, e lá o convenceu com uma chantagenzinha suave.
Para experimentar então, e já que as mulheres aguentam, também ele tinha de aguentar, lá pegou na cera da esposinha, fez o miraculoso preparado, e vá lenha! - Primeiro tenho de referir que o gajo estava sozinho, já que os homens, no que a depilações diz respeito, são muito reservados. - Coloca, mas muito devagar e cuidadosamente a cera no respectivo e, enquanto a sua respiração aumentava de ritmo, passando de um leve sussurrar para uma sinfonia de gaitas roucas e ofegantes, coloca também a banda adesivada no sítio, força uma inspiração profunda que o deixa inchado como um balão de hélio e,...
...puxa!!!!
"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!" - foi o que se ouviu nos arredores de Marrocos, naquela fatídica manhã de sábado.
Digamos que o que até há 30 segundos era algo parecido com um balão vazio mas depois de enchido ao máximo da sua elástica resistência, o chamado escroto, ou «saco dos tomates», agora mais parecia uma castanha pilada, pequenino, enrugado e duro. E o Fulano chorava. Pois para ele, aquela situação era uma novidade, uma nova experiência que ele estava quase a jurar para nunca mais. Mas algo fez com que continuasse o suplício, a tal chantagenzinha, e assim foi. Mais uma dose de cera, mais uma banda, mais um puxão, mais um angustiante grito de aflição. Eu imagino uma menina a gritar em plenos pulmões o mais agudo grito imaginável. Mas o dele bem mais alto, bem mais agudo, e bem, mas bem mais angustiante, do género de fazer tremer o chão, de estalar cristais, de provocar a desertificação de qualquer espécie animal das redondezas.
Mas o Fulano tinha mesmo de continuar. Para além de querer ver satisfeito o desejo da sua companheira, era a sua honra que estava em jogo. E realmente, que raio de homem seria ele se não conseguisse fazer algo que as mulheres já fazem há décadas, se não há séculos. Que vergonha! Nunca na vida! E então semi-cerrou os dentes e pôs mãos à obra!
Pensou: "Não é possível que isto, dentro de uma certa normalidade, doa tanto!" - e pensou "Há-de haver um qualquer esquema para isto" - e então... pensou!
Tanto pensou que lá chegou a uma conclusão. Aquilo provavelmente só doía tanto porque as peles estavam moles, flácidas, penduradas. Dentro deste pensamento, para não doer, basta que as peles estejam repuxadas, esticadas. "Claro! Uma tesão é que isto pede!" Claro que é! Tanto é que assim foi. Haverá algo melhor para uma erecção, do que um homem sozinho em casa com uma televisão, um leitor de DVD, e um filme de vergonhas? Vamos a isso!!
De pernas bem arcadas para que não houvesse qualquer tipo de contacto entre as partes, uns passos muito lentos e juntinhos uns dos outros, lá foi ele buscar o DVD, colocou-o no leitor, comando, play. E assim começou o festival! No meio de gemidos, daqueles que até acordam um impotente, de várias posições, por cima, por baixo, por trás. - Por trás.. Ai, por trás... Bom! - Oral, anal, manual, lingual, uma parafernália de estímulos sensoriais, lá as peles começaram a repuxar, o excelentíssimo elevava-se em direcção aos céus, e tudo era rijeza.
Sem perder pitada do interessantíssimo filme, pegou no balde de cera, nas bandas, e seguiu para mais uma tentativa. Tentativa esta que seria muito mais agradável que as anteriores, de certeza! Cera no dito cujo, adesivo por cima, três profundas inspiradelas e...
...puxa!!!!! - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHiiiiiiiiiii!!! Iiiiiiiiiiiiiii!!!! - Conta quem viu, que o rosado passou a vermelho vivo, o que era altitude há segundos, agora era da mais murcha, deprimida e vergonhosa baixeza. Diz que a velocidade para descer era tanta, que rachou ladrilhos, que rebentou canos de dentro do chão. A violência foi tanta que os vizinhos de baixo ficaram com infiltrações no tecto da casa-de-banho durante meses a fio, os sismógrafos marroquinos ficaram malucos, o que colocou meio Marrocos em alvoroço com fugas da cidade, pilhagens, suicídios em massa, os camelos perderam as bossas, os cactos perderam a àgua, o deserto perdeu a areia, enfim... a telefonia estava em altos berros, ninguém deu por nada do que se passou.
Depois de se acalmar, o Fulano deu uma vista de olhos no belo trabalhinho que estava a fazer. Metade ainda parecia um gorila despenteado, a outra metade no entanto, parecia um skinhead depois de apanhar a maior carga de porrada da sua vida. Lembrou-se então que havia de contar quantos pêlos ainda resistiam à violenta raspagem da sua zona púbica. E contou 253 pintelhos. Não satisfeito, foi em frente e passadas poucas horas atinge o malfadado objectivo.
O Fulano não estava satisfeito, não estava contente, não estava alegre... estava feliz! Conseguiu atingir o seu objectivo, o que o coloca em pé de igualdade, se não superioridade em relação às mulheres.
Observa-se, orgulhoso, em frente ao espelho. De pernas abertas, mãos na cintura, esboça um sorriso e acena em sinal de concordância consigo mesmo. O pior foi para sair de frente do espelho. Cada passo que dava, era um «Ai!!» que se soltava sem que o Fulano tivesse algum controlo sobre a situação. Parecia que, no lugar da tomatada, tinha sido colocado um ouriço em modo de ataque.
Um conselho aqui do amigo: Bálsamo after shave!

1 comentário:

Helena Landeck disse...

ahahahhahahahahahah.....vê-se mxm que é gajo porque existem alternativas ás bandas de cera para não doer...(diz quem sabe)