quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Alucinação Interminável - Parte 3

Era já de manhã. O sol bocejava por detrás da colina, enquanto a lua já ressonava do lado oposto. As plantas espreguiçavam seus ramos, e os animais cantavam todos em harmonia no que estava a ser um amanhecer rejuvenescedor. Anacleta Papagaio dormitava ferrada no seu descanso. O sol iluminava-lhe as ventas, mas não foi por isso que Anacleta acordou. O roncar da lua era ensurdecedor, mas não foi por isso que Anacleta acordou, o canto dos animais era melodioso mas audível, não foi por isso que Anacleta acordou. Finalmente o chilrear dos passarinhos aos seus ouvidos, fizeram com que acordasse. Não eram exactamente passarinhos, nem era exactamente chilrear. Aquilo era mais o guinchar de uma avestruz, mas a velha era surda que nem um caixote, por isso não notou diferença. A avozinha boceja, espreguiça-se, limpa a baba, coloca a placa de cima, em seguida, a placa de baixo, puxa o saiote para baixo e levanta-se. Enquanto procura um sítio para se lavar, olha em redor mas não encontra nenhum. Por sorte, um urso havia mijado nas redondezas, formando uma poça em que, na qual, a avozinha se conseguia lavar. Aproxegou-se, agaixou-se, e toca de tomar o belo do banho Checo (chec, chec, chec). De repente!! Um toque no ombro! -"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH !!!!!!!!!!!!!!!!" - Vira-se e cai desamparada na poça de mijo. Era o homem desconhecido que conhecera no dia anterior. Mas afinal... O gajo não tinha sido comido por um urso??!!!?? Não! O cérebro de Anacleta já não era jovem como dantes (aliás, deixou de ser jovem há aproximadamente 70 ou 80 anos) e, durante a passada noite havia-lhe pregado uma grande partida, engendrando a violenta e dramática partida do seu guia florestal. Segundo as veeellllhhhhaaaas escrituras, essa noite foi tudo menos dramática. Foi violenta, isso foi, foi memorável, isso foi, foi escaldante, tórrida, obscena, caliente. (continua...)

NOTA: Todo o conteúdo deste blog é da responsabilidade de um conjunto alargado de pessoas e respectivas atitudes, que sem muito esforço, conseguiram enlouquecer por completo o autor, provocando uma série de devaneios sem nexo, sem lógica e, definitivamente sem nenhuma razão de ser.

Sem comentários: